segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Cinco variáveis para uma avaliação de cenário, para saber se Dilma fica ou sai

• Sobe o animus belli da oposição e do grupo de Michel Temer
• Temperatura política não chegou ainda ao ponto de ebulição
• Correlação de forças se mantém
• Oposição joga tudo no 13 de março

O cerco e a prisão pela Lava-Jato do publicitário das campanhas de Lula e Dilma Rousseff reaqueceram os ânimos e as esperanças de quem trabalha para encurtar o mandato da presidente e chegar ao poder antes de 2019. Mas os fatos novos não parecem ter alterado ainda a relação de forças na sociedade e no Congresso.

As pesquisas mostram o #ForaDilma estabilizado faz certo tempo no patamar de uns 60%. E as atribulações de Lula, do PT e de seu publicitário não provocaram até agora novas perdas no #FicaDilma.

A esperança do campo governista é a temperatura continuar abaixo do ponto de ebulição. Já os adversários trabalham 24x7x365 para manter a chama acesa sob a panela.

Variáveis a acompanhar:

1) Aparecerão acusações diretas contra Dilma?

Há acusações contra todo tipo de gente: empresários, parlamentares, ex-parlamentares, governadores, ex-governadores, ex-presidentes. Mas ainda não apareceu qualquer acusação direta à presidente da República. É uma fraqueza do #ForaDilma.

2) Ficará provado que #Dilma2014 teve financiamento ilegal?

Será mais fácil cassar a chapa Dilma-Temer no TSE se ficar comprovado que a campanha cometeu ilegalidades. Por mais política que venha a ser a decisão, ela precisará basear-se em algum fiapo de prova. O que existe até agora, dizem juízes da Corte, não é conclusivo nem exclusivo do PT. Aguarda-se a evolução das revelações da Operação Acarajé.

3) O homem e a mulher comuns voltarão maciçamente às ruas?

Há um ano as ruas foram tomadas por multidões, que voltaram para casa e deixaram na ribalta apenas militantes dos dois lados, como em 2013. O tamanho das manifestações e se elas crescem ou diminuem são argumentos e catalisadores no debate. Oposição joga tudo no 13 de março.

4) O PT vai virar-se contra o governo?

O governo precisa de aliados para sobreviver e o PT precisa de discurso para enfrentar as urnas. Mas qual será o custo/benefício de o PT ajudar a derrubar um governo do PT? Será favorável ao partido? O mais provável é que o PT se posicione agora como a ala esquerda de um governo sobre o qual perdeu a hegemonia, mas não rompa.

5) O PMDB penderá para o #ForaDilma?

Volta o animus belli do grupo do vice-presidente Michel Temer, que abriu o ano na defensiva, perdeu a liderança na Câmara, mas costurou e deve ser reconfirmado no comando do partido. Entretanto, o PMDB do Rio, a maioria dos deputados federais, a quase totalidade dos senadores e os governadores não se deslocaram do oficialismo. E Dilma aproxima-se de Renan Calheiros.

O #FicaDilma recuou cinco pontos esta semana, pelas atribulações do publicitário de suas campanhas. O que influi fortemente na “variável TSE”. Situação de momento:

• Dilma fica (60%)
• Dilma e Temer cassados no TSE (30%)
• Impeachment (10%)

Prestar atenção:

• Lava-Jato e evolução das provas contra a campanha de Dilma-Temer 2014
• O acordo para unificar o PMDB na convenção
• O Congresso da Rede, de Marina Silva
• Propostas para a reforma da Previdência Social

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