quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Duas leituras no emprego

Os números do emprego divulgados hoje podem ser lidos de duas maneiras, de acordo com a conveniência política do interessado. O desemprego continua alto, 14,1% no trimestre entre setembro e novembro, segundo o IBGE. Mas está em leve declínio desde a metade do ano passado (leia).

Já segundo o Caged, o Brasil conseguiu atravessar o ano um da pandemia sem reduzir o estoque de empregos formais. Até criou um tantinho a mais do que destruiu. Por outro lado, a não criação de empregos em quantidade mantém o desemprego alto, especialmente entre os jovens (leia).

O governo comemora os números, claro. E garante que comprovam a recuperação econômica em V (depois da queda aguda, retomada aguda). Já a oposição adverte que o fim do auxílio emergencial vai, entre outros prejuízos, comprometer o relançamento econômico.

É provável que a partir de fevereiro o Congresso se debruce sobre o tema da continuidade do auxílio, em algum grau. O governo já disse que aceita, desde que se cortem outras despesas. De todo modo, política à parte, 2020 não foi no fim das contas tão ruim assim na economia, para um ano de pandemia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário