A verdade é que o fechamento ou abertura de atividades parece, entre nós, depender mais da força do lobby que de qualquer outro fator. Um exemplo são os templos religiosos. A partir de certo grau de pressão política, passam a ser classificados como atividades essenciais. E fica uma dúvida, em particular: o que exatamente nas rezas e cultos não pode ser realizado à distância?
Por que as escolas podem funcionar bem com ensino remoto e os templos não podem fazer cultos online?
Desnorteadas pela emergência da segunda onda da Covid-19 Brasil afora, e pressionadas pela escassez de UTIs, as autoridades precisam mesmo tomar medidas. Tudo que possa dificultar a circulação do vírus é bom. Outra coisa boa seria evitar o uso do argumento da "ciência" para trazer alguma legitimidade à política pura e simples.
Sobre os cultos: boa parte das Igrejas exige atividades presenciais de seus membros, como parte dos esforços para que haja frequência aos templos. Além disso, o evangélico padrão costuma ter uma postura fatalista com relação à enfermidades catastróficas, e, quase sempre, só tem a Igreja como meio de sociabilidade - motivo pelo qual ele, como cidadão, aprova o templo se tornar "atividade essencial".
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