As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (Boletim Focus) elevaram de novo a previsão de crescimento da economia este ano. Passou a 5,0%, contra 4,85% na semana anterior. Quatro semanas atrás estava em 3,52% (leia). Estamos na fronteira do primeiro para o segundo semestre, época em que naturalmente as previsões começam a correr menos risco de acabar divergindo da realidade.
Se os números otimistas se confirmarem, haverá, é claro, duas leituras. O governismo dirá que crescer esse tanto é um sucesso. Já o oposicionismo contestará que se tratou apenas de recuperar a queda do ano anterior, com um pequeno troco. Será a típica situação em que os dois lados têm razão, mas a pergunta que interessa é outra: qual será a percepção do eleitorado, considerando que tem eleição ano que vem?
Outra certeza é que esse relativo otimismo dos chamados mercados ainda depende, para concretizar-se, de atravessar duas incertezas: 1) haverá uma nova onda, uma nova aceleração de casos e óbitos pelo novo coronavírus? e 2) qual será o efeito, sobre a economia, do encarecimento da energia provocado pela crise hídrica? O Boletim Focus indica que os entrevistados responderam com otimismo às duas perguntas.
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