quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Deixou de ser assunto?

Os índices de sucesso de prefeitos e vereadores candidatos à reeleição ou a outro cargo parecem ter voltado ao patamar costumeiro, entre 50 e 60% (leia), depois de uma certa queda em 2016. Eis mais um sinal do possível cansaço com a chamada nova política.

Mas a melhor indicação da mudança é um fato observável sem a necessidade de fazer conta. A nova política deixou de ser assunto. Talvez porque em meio a uma pandemia experimentações extremas não sejam tão atraentes. Ou talvez porque tenha cansado mesmo.

Ou uma combinação das duas coisas.

Vamos então aguardar mais sinais neste segundo turno, no domingo. Mas, regra geral, e mesmo quando estão no páreo propostas de renovação política local, as disputas se dão entre personagens conhecidos.

Em 2020, a nova política está com cara de bananeira que já deu cacho. Será uma sinalização para 2022?

Um comentário:

  1. A direita experimentou, em anos recentes, um florescimento de lideranças como há muito não se via. Começou com João Doria, o MBL e o MVPR em 2016, mas foi em 2018 que figuras como Bolsonaro, Witzel, o Partido Novo, Major Olímpio e Joyce, além de Sérgio Moro no papel de político, começaram a fazer e acontecer. Não há espaço para todos esses permanecerem em alta, e muito menos para uma nova liderança de destaque nesse meio. A tendência nos próximos anos, a meu ver, é de acomodação do campo conservador em torno de algumas figuras referenciais que sobreviverem ao embate. Os votos que essa turma vai receber serão ditados mais pela fidelidade, que é duradoura, do que pelo entusiasmo, que é passageiro. Em algum momento o novo tornará a irromper e despertar paixão; quando será, e em que ponto do espectro político, não faço a menor ideia.

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