segunda-feira, 10 de maio de 2021

Tantos e tão poucos

A Índia era, na teoria, o país-chave no fornecimento das vacinas para enfrentar a Covid-19 em escala global. E, ao mesmo tempo, estava apetrechada para o desafio doméstico de imunizar uma população da ordem de grandeza de bilhão e meio de pessoas. Mas a explosão de casos internos e outras circunstâncias arrastaram com força o país para a vida real, bem diferente das promessas e esperanças (leia).

Por aqui, o cronograma da CoronaVac parece enfrentar obstáculos por causa da retenção de insumos na China (leia). Bem na etapa de administração da indispensável segunda dose. O debate sobre as causas do atraso está naturalmente influenciado pela política. Esperamos que as coisas se resolvam, e que o insumo chegue para ser aplicado nos que já receberam a primeira dose.

Uma coisa que vai muito bem são as receitas dos laboratórios desenvolvedores de vacinas. A BioNTech, empresa alemã que produz a vacina contra a Covid-19 em parceria com a Pfizer, lucrou 1,13 bilhão de euros no 1º trimestre (leia). Ano passado tinha tido prejuízo de 53 milhões nesse mesmo período. Nunca tantos dependeram tanto de tão poucos, e que por isso estão se dando tão bem.

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