Pesquisa do Instituto Paraná detectou 4% dos entrevistados para os quais o novo coronavírus simplesmente não existe, é uma invenção. Isso sem contar os 2,4% que responderam “não sei” ou não quiseram opinar.
Os 93,7% que responderam “sim” quando questionados sobre a
existência dos SARS-CoV-2 oferecem, portanto, algum conforto espiritual para os
apologistas da racionalidade. Nem tudo está perdido.
Mas o público anda desconfiado, como revelam as respostas
quando o entrevistador pergunta se os casos da Covid-19 estão sub ou
superestimados. Dois terços (66,1%) dizem que os números divulgados pelos
governos não são confiáveis.
E aí caímos na polarização. 35,6% acham que os casos estão
subestimados, e 35,7% que estão superestimados.
Apostaria que os primeiros são os influenciados pela blitz comunicacional
em que o governo Bolsonaro foi acusado de tentar esconder os números reais. E
os segundos devem ser os convictos de que os governadores anabolizam as
estatísticas.
Uma divergência para sempre. Essa nem o tempo vai dirimir.
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