O mercado estima que o déficit primário (contas governamentais antes do pagamento de juros) será de quase R$ 709 bilhões este ano. Para o próximo ano a estimativa é R$ 200 bi. O déficit primário em 2019 foi R$ 62 bi.
Ou seja, estamos diante de um cenário de emergência fiscal
gravíssimo. E qual será a tentação do governo para enfrentar o desafio? Não
perderá dinheiro quem apostar que Brasília desejará aumentar os impostos.
Pois há dois jeitos de aumentar a arrecadação: um é a
economia crescer o suficiente, o outro é crescer a carga tributária. Como a
primeira opção parece irrealista, segundo todas as previsões, é razoável
imaginar que o governo vai se debruçar sobre a segunda.
Se é que já não está se debruçando.
Onde está o problema? Aumentar impostos num quadro de
altíssimo desemprego, queda de renda e forte sofrimento das empresas não cria
propriamente um cenário estimulante para novos investimentos privados. E tem potencial
social e político explosivo.
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