Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, são irrealistas as expectativas de contar com recursos externos para impulsionar a retomada do crescimento econômico brasileiro.
Ele está parcialmente certo.
O “parcialmente” fica por conta de um detalhe: a liquidez vai
alta planeta afora e se tivermos bons negócios é improvável não atrair capitais, que precisam fugir do juro zero ou negativo. Atrair especialmente na
infraestrutura voltada ao transporte e escoamento de commodities.
E não só. Com o real bem desvalorizado, se houver
inventividade e competência gerencial podemos eventualmente virar um país bacana
para quem vive de exportar. Verdade que a tarefa é gigantesca, mas nas crises é
que as oportunidades vêm.
Um detalhe: a iniciativa privada não vai entrar sozinha
nisso.
Se podemos, e devemos, fazer dívida para custeio na emergência, por que
não também para investimento? Já temos muito gasto público ruim. Por que não
separar um pouco para o bom?
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