quinta-feira, 25 de junho de 2020

Para o centro?

Nenhum personagem, até o formalmente mais poderoso, atua na política com autonomia diante da correlação de forças. Ao contrário, são as circunstâncias que costumam oferecer o fator limitante aos atos políticos.

Jair Bolsonaro é ele mesmo e as circunstâncias dele. E as circunstâncias passaram a ter um grau de complicação maior após a prisão de Fabrício Queiroz. O presidente começa a sentir o vento quente da possibilidade de um isolamento crítico.

Isolamento comandado por quem um dia pareceu ser aliado.

Então o Bolsonaro das últimas horas, premido pela correlação desfavorável de forças, pende em direção a um certo centro. Talvez para alguma surpresa de quem imaginava que o presidente assistiria passivamente ao progressivo isolamento dele próprio.

Mas análise de conjuntura no Brasil da pandemia de 2020 é perecível como mosquinha de banana. Como reagirá a novíssima moderação do presidente da República a um eventual, e provável, fato novo incômodo?

Aguardam-se os próximos e emocionantes capítulos.

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