Nenhum personagem, até o formalmente mais poderoso, atua
na política com autonomia diante da correlação de forças. Ao contrário, são as
circunstâncias que costumam oferecer o fator limitante aos atos políticos.
Jair Bolsonaro é ele mesmo e as circunstâncias dele. E as
circunstâncias passaram a ter um grau de complicação maior após a prisão de
Fabrício Queiroz. O presidente começa a sentir o vento quente da possibilidade
de um isolamento crítico.
Isolamento comandado por quem um dia pareceu ser aliado.
Então o Bolsonaro das últimas horas, premido pela correlação
desfavorável de forças, pende em direção a um certo centro. Talvez para alguma
surpresa de quem imaginava que o presidente assistiria passivamente ao progressivo
isolamento dele próprio.
Mas análise de conjuntura no
Brasil da pandemia de 2020 é perecível como mosquinha de banana.
Como reagirá a novíssima moderação do presidente da República a um eventual, e
provável, fato novo incômodo?
Aguardam-se os próximos e emocionantes capítulos.
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