sábado, 14 de março de 2020

Hora de mostrar "gestão"

Hoje parece ter sido o turning point, a ideia de parar tudo que pode ser parado parece ter alcançado consenso social e político.

O Brasil sofre cronicamente de alguma descoordenação político-administrativa entre os entes federados, e isso fica visível na assimetria das medidas de combate à propagação do coronavírus. Mas a inércia agora parece ter invertido seu sentido.

Agora, na dúvida, a ordem é parar.

Esta é daquelas situações em que o Estado ganha importância, como nas guerras e grandes tragédias. Ele precisará cuidar, naturalmente, para os serviços de saúde funcionarem bem no stress, com foco no sistema hospitalar. É a hora do SUS. É a hora também de garantir o abastecimento, evitar a especulação e o sumiço dos produtos essenciais.

Como o governo Bolsonaro sairá lá na frente, quando a curva dos casos já estiver declinando fortemente? Simples: se as coisas tiverem funcionado, sairá mais forte. É tentadora a ilusão de achar que se os ministros vão sair ganhando e o presidente pode sair perdendo. No bottom line, é ele quem escolhe os ministros.

No fim das contas, quem é cobrado, ou adulado, é sempre o técnico que escala o time

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