segunda-feira, 30 de março de 2020

Transitório ou definitivo?

Formou-se o consenso de que na atual conjuntura a única saída é... gastar. Costuma ser assim nas crises que levam sociedades ao limite. Foi assim na quebra de 1929 (sem querer comparar).

E até hoje persiste entre os economistas a polêmica: Quem salvou a economia americana, o New Deal ou Pearl Harbor? Leva jeito de ser um debate que persistirá até o fim dos tempos.

Se o estica-e-puxa já superou a etapa de gastar ou não gastar, agora outro arranca-rabo vem aí. O gasto deve ser fluxo ou estoque? Os ortodoxos lutarão pela segunda opção, o gasto emergencial. Os nem tanto flertarão com o Estado gastar mais de modo estrutural.

Se a política, nas famosas palavras de Magalhães Pinto, é como nuvem, agora a economia foi quem tomou o ditado para si. Até a Lei de Responsabilidade Fiscal parece balançar, a querida dos que precisam explicar para que serviu mesmo o segundo mandato de FHC.

Ah, sim. O Brasil talvez seja o único país em que uma lei de responsabilidade fiscal é sempre cantada em prosa e verso como “grande avanço”, enquanto cidades, estados e a União estão quebrados.

Mas importante mesmo é existir a lei.

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