A preocupação com a economia comanda as idas e vindas do presidente da República diante da Covid-19.
Qual será o cenário depois da onda de contaminados aqui? Pois a curva já embicou para cima. Se há algum cálculo no heterodoxo comportamento presidencial, ele parece indicar a tentativa de repassar a terceiros a responsabilidade pela paradeira econômica.
Que já está vindo.
O cálculo faz sentido? Dentro de certos limites. Se a rede hospitalar colapsar pelo número excessivo de casos graves, o presidente sofrerá forte desgaste. Mas o ministro da Saúde e os estados trabalham para evitar esse cenário.
Se o SUS funcionar bem, Jair Bolsonaro poderá sempre dizer lá na frente que tudo andou na linha e que ele só quis conter a dimensão da crise econômica.
Bolsonaro continua beneficiado por dois fatores. 1) Apesar da grita, não existe no momento força real capaz de - ou realmente interessada em- removê-lo. 2) Ao trabalharem, ministros, Congresso e governadores trabalham também para o presidente.
É um jogo ousado. E perigoso, pois aposta num “isolamento quefortalece”.
O risco é um dia juntarem-se todos.
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