O agravamento do quadro sanitário desencadeou forte pressão sobre o governo por ações de curto prazo para evitar que a desaceleração econômica tenha impacto ainda mais grave sobre a vida das pessoas e das empresas.
Antes, o governo tinha a confiança do mercado e do mundo político para conduzir o transatlântico ao porto relativamente longínquo.
Viriam as reformas, a confiança do investidor cresceria e então os capitais aportariam aqui para desencadear um ciclo benigno para as atividades produtivas. No momento este cenário está congelado, porque o dinheiro mundial está fugindo para os títulos do Tesouro americano. E não se sabe quanto vai durar a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
O que se pede agora da equipe econômica é a habilidade de fazer movimentos ágeis com um barco menor, de condução mais nervosa. Uma lancha. O governo vai ter de mostrar capacidade política e gerencial imediata. Já está sendo cobrado por isso. Vai ter de desligar o piloto automático e assumir o leme balançante da embarcação.
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