O Brasil deve ser um caso particular entre as nações
quando se trata de conflito político misturado com o
combate à Covid-19. Parecida, talvez, só a Itália de
algumas semanas atrás.
O presidente da República adotou como bandeira “a
economia não pode parar”, o custo em vidas seria o
preço a pagar para evitar o que ele considera um mal
maior.
Já a maioria dos governadores sabem que serão
cobrados em primeiro lugar pela capacidade de
enfrentar o problema sanitário em seus estados. Mas
também não estão imunes às vicissitudes na
economia.
Se houvesse alguma liderança interessada no
entendimento, seria fácil de resolver. Gastar-se-ia o
suficiente para atravessar de 60 a 90 dias de parada e
depois a vida voltaria progressivamente ao normal.
É o que fazem outros países. Aliás, dívida pública
existe também para situações assim. Isso dizem os
economistas.
Mas o Brasil parece irremediavelmente dividido.
Ainda que advérbios de modo sejam sempre
arriscados.
Quem vai levar o troféu, ao final? Depende do
delicado balanço entre a perda de vidas e a perda de
empregos e renda.
Cada lado do cabo guerra parece disposto a esticar a
corda ao máximo.
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