sexta-feira, 27 de março de 2020

Sem paz à vista

O Brasil deve ser um caso particular entre as nações quando se trata de conflito político misturado com o combate à Covid-19. Parecida, talvez, só a Itália de algumas semanas atrás.

O presidente da República adotou como bandeira “a economia não pode parar”, o custo em vidas seria o preço a pagar para evitar o que ele considera um mal maior.

Já a maioria dos governadores sabem que serão cobrados em primeiro lugar pela capacidade de enfrentar o problema sanitário em seus estados. Mas também não estão imunes às vicissitudes na economia.

Se houvesse alguma liderança interessada no entendimento, seria fácil de resolver. Gastar-se-ia o suficiente para atravessar de 60 a 90 dias de parada e depois a vida voltaria progressivamente ao normal.

É o que fazem outros países. Aliás, dívida pública existe também para situações assim. Isso dizem os economistas.

Mas o Brasil parece irremediavelmente dividido. Ainda que advérbios de modo sejam sempre arriscados.

Quem vai levar o troféu, ao final? Depende do delicado balanço entre a perda de vidas e a perda de empregos e renda.

Cada lado do cabo guerra parece disposto a esticar a corda ao máximo.

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