sexta-feira, 31 de julho de 2020

A política em rede e das redes

As redes sociais pouco a pouco vão ocupando o centro do noticiário nas disputas geopolíticas globais e nas pendengas jurídico-políticas nacionais. Na queda de braço entre Estados Unidos e China a bola da vez é o chinês TikTok, que parece estar em tratativas para ser vendido para a Microsoft (leia). No Brasil, o estranhamento da hora é entre o Facebook e o Supremo Tribunal Federal (leia).

Não é certo que operações tópicas contenham o ímpeto antichinês de um Donald Trump cada vez mais pressionado por pesquisas desfavoráveis na corrida reeleitoral. E vamos ver como o ministro Alexandre de Moraes desenrola o novelo do arranca-rabo com o gigante das redes, que diz seguir a lei em cada país onde atua mas também que o STF não pode determinar o que o Facebook vai fazer em outros países.

Quando a moderna Internet nasceu já se falava de que a política do futuro se organizaria em rede. Mas a coisa evoluiu bem além. As lutas pelo poder sempre tiveram na disputa pela informação, e pela capacidade de informar, um foco estratégico. É ao que estamos assistindo agora, em escala global e local. E só uma coisa é certa. Lá e cá, no final vai chorar menos quem puder mais.

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