Num aparente platô de novos óbitos diários, São Paulo
acelera a reabertura da economia (leia).
É o paradoxo já relatado aqui: quando o tal achatamento da curva parece
funcionar para valer, chega uma hora em que se tem de operar a volta às atividades
mesmo antes de a linha dos falecimentos diários começar a cair.
Era uma conta feita desde o começo. O achatamento da curva sempre
teve por objetivo impedir o colapso dos hospitais e UTIs. Mas impunha um preço:
estender o período de paradeira econômica. Até que ponto a sociedade estaria
disposta a pagar esse preço para preservar a integridade dos serviços de saúde?
Isso está sendo respondido na prática. Quando chega a hora
de os políticos decidirem, a “ciência” dá lugar ao cálculo. Em
todos os cálculos dos políticos encarregados de tomar decisões Brasil afora, parece
ter chegado a hora de dar vazão às águas da represa antes que ela transborde e
leve a barragem de roldão.
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