Nesse tipo de disputa, a derrota do governo costuma ter consequências complicadas. Mais complicadas ainda que derrotas governamentais em outras votações relevantes ali. Na disputa em torno do Fundeb, por exemplo, o governo foi inteligente ao fugir da contagem de votos.
A esperança do "rodriguismo", para reeleger o próprio ou eleger um aliado, é juntar os votos da esquerda lato sensu, um tanto mais que cem deputados, ao centrismo que se organizava historicamente em torno de PSDB, MDB e Democratas. Na aritmética, dá para tentar a formação de uma maioria.
Mas a aritmética e a política nem sempre andam de mão dada. Governos são governos, especialmente os que sabem operar o poder. Será preciso olhar também como o prestígio popular do presidente estará em fevereiro, quando da troca.
E se o governo, de novo, preferir fugir do confronto, sempre poderá compor com o sucessor. Ou com o reeleito.
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