segunda-feira, 27 de julho de 2020

A política de olho no futuro

Em meio à pandemia e à análise diária das curvas de casos e óbitos a política já está de olho no ponto futuro. Não apenas nas eleições municipais mas mais adiante, na eleição do sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ). E começam os movimentos (leia).

Nesse tipo de disputa, a derrota do governo costuma ter consequências complicadas. Mais complicadas ainda que derrotas governamentais em outras votações relevantes ali. Na disputa em torno do Fundeb, por exemplo, o governo foi inteligente ao fugir da contagem de votos.

A esperança do "rodriguismo", para reeleger o próprio ou eleger um aliado, é juntar os votos da esquerda lato sensu, um tanto mais que cem deputados, ao centrismo que se organizava historicamente em torno de PSDB, MDB e Democratas. Na aritmética, dá para tentar a formação de uma maioria.

Mas a aritmética e a política nem sempre andam de mão dada. Governos são governos, especialmente os que sabem operar o poder. Será preciso olhar também como o prestígio popular do presidente estará em fevereiro, quando da troca.

E se o governo, de novo, preferir fugir do confronto, sempre poderá compor com o sucessor. Ou com o reeleito.

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