quarta-feira, 9 de setembro de 2020

A ciência que interessa

A suspensão dos testes com a vacina da AstraZeneca desencadeou uma guerra de informação e contrainformação, conflito em que a confiança do público é o alvo principal. 

Será ingenuidade acreditar que no mundo multibilionário das vacinas para a Covid-19 as ações, inclusive as das bolsas de valores, vão flutuar apenas com base na busca do bem e da verdade. 

O buraco é sem dúvida mais embaixo.

O leitor ou leitora são suficientemente inteligentes para notar os diferentes tratamentos dados pelo universo informacional às diversas vacinas, e para fazer a correlação com os interesses geopolíticos envolvidos. 

Melhor não se enganar: é briga de cachorro grande.

Numa outra esfera, algo deve preocupar. O fato de o diz-que-diz-que e de o "minha vacina é que é a boa" poder, quem sabe?, dar um gás ao antivacinismo. 

Para que a sociedade esteja protegida é preciso que a vacinação atinja obrigatoriamente um certo percentual. E isso será definido pela ciência.

Que preferencialmente não deve ser a ciência política. Ou a crendice política.

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