sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Dois indícios

As curvas de casos e mortes por Sars-CoV-2 trazem dois indícios sobre países que apresentam uma assim chamada segunda onda: 1) as taxas de letalidade são inferiores às da primeira e 2) costumam acontecer em países que mais rigidamente contiveram a propagação do vírus na fase inicial.

O segundo fator é relativamente fácil de explicar, ou ao menos especular. Países que mais decisivamente atuaram para conter a propagação do vírus na largada provavelmente têm mais população suscetível. Não existe mesmo almoço grátis. Tudo na vida tem dois lados.

Ditos os clichês, vamos à menor letalidade. Duas hipóteses. Uma é que a Medicina já sabe melhor como enfrentar o problema. Outra: talvez o vírus tenha se adaptado para matar menos gente e portando não abater a sua galinha dos ovos de ouro. Vírus precisam de seres vivos para sobreviver.

Certezas? A única por enquanto é que vamos conviver com o vírus por um bom tempo. Ainda mais com a escalada do antivacinismo. A coisa é especialmente preocupante em países de sistema político bagunçado e em guerra interna eterna. Como por exemplo os Estados Unidos e o Brasil.

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