quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Limites da políticagem

E mais esta. Agora corre-se o risco de abrir-se um período de disputa entre entes federados sobre qual vacina vai ter dinheiro e qual não vai (leia). Há um único critério razoável: a primeira vacina que se mostrar eficaz e disponível deverá ser colocada à disposição do público.

Mas no Brasil é tudo mais complicado. 

Especialmente num período em que todo e qualquer assunto é capturado pela disputa político-eleitoral. Seria ingenuidade imaginar que um tema tão delicado pudesse escapar da natural polarização. Mas seria também desejável que os políticos procurassem ao menos disfarçar.

O tema da vacina é complexo. Não se sabe ainda com certeza qual a efetividade de cada uma das inúmeras em desenvolvimento. Não se sabe ainda quantas estarão disponíveis, e quando. E a volta a alguma normalidade depende, infelizmente, de haver uma vacina eficaz.

O Brasil já paga alto preço pela descoordenação observada de março para cá no enfrentamento da pandemia. Os números estão aí. Será lamentável se o problema se repetir num ponto tão vital e estratégico quando a vacinação contra o SARS-CoV-2.

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