quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Campanhas remotas

O candidato democrata, Joe Biden, participará remotamente da convenção que o nomeará candidato à presidência dos EUA. O republicano Donald Trump parece que também (leia). As convenções partidárias norte-americanas sempre foram um ícone da política daquele país. No assim chamado, e já batido, "novo normal", são mais uma tradição que vai ficando na poeira.

Tive a oportunidade de escrever um capítulo sobre os partidos políticos no livro "O Mundo Pós-Pandemia", organizado por José Roberto de Castro Neves (veja). Vai se tornando cada vez mais evidente que parte significativa das atividades político-partidárias após a chegada do SARS-CoV-2 acontecerá pela internet. Filiações, debates, escolha de candidaturas, campanhas. Quem ficar para trás, um abraço.

Vai ser melhor ou pior? Certamente será diferente. Um aspecto positivo: transgredir ficará mais arriscado. A vigilância eletrônica é onipresente em nosso novo mundo, mas pela rede ela é ainda mais fácil. Um negativo: não há o que possa substituir o contato entre as pessoas. E "fabricar" candidatos de acordo com o mercado eleitoral e pouco vulneráveis à crítica será uma tentação.

Mas não adianta reclamar. Melhor sempre acender uma luz do que lamentar a escuridão. 


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