quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Darwin

Paralelamente à propagação da Covid-19, propaga-se também a ansiedade sobre quando, e como, a pandemia será contida. Um front é a guerra das vacinas (leia), na qual interesses econômicos e operações de comunicação embricam-se numa confrontação tão feroz quanto qualquer refrega travada em campos de batalha propriamente ditos.

Mas precisar esperar pela vacina para atingir a imunidade coletiva não chega a ser notícia animadora, especialmente porque a coisa não é instantânea. Entre confirmar que uma vacina funciona mesmo, produzir em massa, distribuir e aplicar irá um tempo. E nada indica que o ponto final da linha esteja tão próximo assim.

De todo modo, a ciência vai estudando este avião em pleno voo. Aparentemente, uma certa mutação do SARS-CoV-2 é mais infecciosa, mas menos letal (leia). Vírus precisam de seres vivos para se reproduzirem. Então, a seleção natural acaba selecionando os microorganismos que, digamos, assim, matam menos as galinhas dos ovos de ouro.

Viva Charles Darwin. E segue o jogo.

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