A atitude do distinto público diante da pandemia da Covid-19 parece ser uma função em que duas variáveis predominam. O x é o medo de ficar doente e o y é o medo das dificuldades econômicas.
As pesquisas mostram que nesta etapa inicial o x prevalece sobre o y. É possível que a tendência até se acentue no curto prazo, conforme avançam os tristes números da doença e de suas vítimas aqui no Brasil.
Mas em algum momento o y vai começar a prevalecer sobre o x. Quando a convivência com a pandemia e suas consequências se transformar no novo normal, as pessoas vão querer saber o que fazer, e o que os governos vão fazer, para destravar a roda da vida material.
Pois uma hora as pessoas vão querer voltar, se não ao antigo normal, pois um mundo está se despedindo de nós, a algo parecido com o que tinham antes.
E perceberão que isso muito provavelmente terá se tornado algo simplesmente impossível. O encontro com esse momento já está marcado, mesmo que não esteja, ainda, agendado.
E os políticos que perceberam isso antes vão estar em vantagem.
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