A promessa da globalização benigna era abrir um tempo em que a cooperação internacional encontraria caminho menos obstruído para prevalecer sobre as disputas entre países. Ajudaria isso haver, depois de muitas décadas, uma única superpotência.
Mas a emergência desta pandemia, de rápida propagação e letalidade suficientemente alta para ter a capacidade de colapsar os serviços de saúde, faz o planeta cair na real. As nações continuam sendo a primeira defesa das populações contra inimigos potencialmente mortais.
É o que se vê no “cada um por si”, liderado pelos Estados Unidos, quando se trata de buscar materiais médicos. Aliás, é estupefaciente que os americanos do norte careçam de capacidade industrial para conseguir defender seu interesse nacional sem recorrer a técnicas de pirataria.
E o Brasil? Aquele país onde há um quarto de século intelectuais orgânicos cantam em prosa e verso “a modernidade da desindustrialização”? E que agora paga a conta disso.
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