terça-feira, 28 de abril de 2020

O limite da resiliência

As pesquisas mostram que vai mal a avaliação de como Jair Bolsonaro enfrenta o SARS-CoV-2, o novo coronavírus. Mostram também que isso não impacta por enquanto a visão mais geral sobre o governo dele. O ótimo/bom está em um terço, o ruim/péssimo um pouco acima e o regular um pouco abaixo.

O presidente tem resiliência, sabe-se. É a propriedade de voltar à forma original após uma deformação elástica. Mas talvez a estabilidade dos números esconda uma troca. A saída de um certo contingente de classe média e a entrada de segmentos de baixa renda beneficiados pelas medidas de apoio financeiro na crise.

A dúvida é como, e se, a popularidade presidencial vai sofrer com a curva ascendente de mortes e o prolongamento das dificuldades econômicas. Na Covid-19, talvez a primeira corrosão aconteça no capital político dos governadores. Mas há um flanco aberto na imagem presidencial, pelo estímulo insistente à volta às atividades.

Vamos ver como a sociedade reage aos cada vez mais tristes números. Nas duas frentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário