segunda-feira, 27 de abril de 2020

Dificuldades combinadas

Na maioria dos países a coisa tem funcionado assim: as curvas de infectados e mortos pelo SARS-Cov-2 sobem rápido, o crescimento estabiliza-se e a queda é bem mais lenta que a subida.

Por isso, as medidas de flexibilização do isolamento social não têm esperado o fim da pandemia. Até por não se saber quando, e se, virá o “the end”.

No Brasil acontece um pouco diferente. A reabertura mesmo que gradual das atividades dá-se quando as curvas de infectados e mortos teimam na trajetória ascendente. A subida não parece brusca, mas depois de um platozinho voltou a ser subida.

Talvez seja porque fechamos cedo demais e não tem como não abrir agora, mesmo com números ruins. Ou é porque o isolamento aqui foi bagunçado pela guerra política rumo a 2022. Ou tem a ver com a subonitificação.

Independentemente do viés da análise, parece hoje (é preciso atualizar todo dia) que devamos ser menos otimistas sobre a possibilidade de combinar graves dificuldades econômicas e sanitárias durante um bom tempo.

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