O poder é ele mesmo e sua circunstância,
diria o jornalista espanhol cujo nome dá o
título a este texto. O poder absoluto é uma
fantasia. Nunca o detentor de poder deve,
nem pode, deixar de considerar a correlação
de forças.
Aliás, discutir política à margem da
correlação de forças é devaneio. Coisa de
amador.
Enquanto este texto estava sendo escrito,
era possível que o ministro da Saúde
permanecesse na cadeira ou não. O que
decidirá sempre o destino dele? A correlação
de forças. O presidente pode usar a caneta
para demitir e nomear. Mas não
necessariamente para mudar a dita cuja.
O presidente talvez tenha jogado mal. Se o
ministro ficasse, como ficou, ficaria muito
forte. Nunca é bom. Se saísse, a
responsabilidade última da conta das
vítimas da Covid-19 no Brasil passaria a ser
exclusiva do presidente. Arriscado.
Era o tipo de situação desnecessária.
Parabéns a todos os envolvidos, como se diz
nas redes sociais.
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