sábado, 18 de abril de 2020

Guerra prolongada

Esquenta o debate sobre a volta ao trabalho. Se fôssemos um país menos conflituoso na política, talvez pudéssemos fazê-lo organizadamente. Mas paciência. O ótimo é inimigo do bom. Que cada estado, município etc programe sua volta para acelerar a retomada da atividade e ao mesmo tempo minimizar os riscos à saúde.

Aliás, melhor que escrever “a” volta seria aceitar que serão algumas voltas. Ninguém sabe ainda direito quanto tempo dura a imunização, muito menos quanto vai demorar a vacina. É possível, provável, que as autoridades tenham de administrar rebotes mesmo depois da primeira volta. E não dá para afirmar que serão localizados.

Por isso, é razoável trabalhar com um cenário de guerra política prolongada entre os atuais protagonistas engalfinhados no ringue. Dependendo, o conflito pode arrastar-se até perto de 2022. Também por isso, um presidente candidato à reeleição seria o maior interessado na paz política, para machucar menos a economia.

Vai entender

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