terça-feira, 7 de abril de 2020

O tamanho do radicalismo

Donald Trump ameaça segurar os fundos americanos aportados para a Organização Mundial da Saúde porque, segundo ele, a OMS seria sinocêntrica. É um trailer do que virá nos próximos tempos. Em vez de cooperação global, radicalização na disputa da hegemonia.

Por falar em radicalização, Thomas Friedman fez uma observação lógica na live de hoje da revista Exame. Se a crise de 2008-09, pequena perto desta, resultou no Tea Party à direita e no Occupy Wall Street à esquerda, qual é o tamanho do radicalismo que vem aí?

Façam suas apostas.

Eu aposto que será inversamente proporcional em cada país à capacidade de as instituições nacionais oferecerem saídas consistentes para as crises da saúde e da economia. E isso depende, muito, de a política em movimento produzir mais luz que calor. Bem mais, aliás.

Países que agora preferem dissipar energia em vez de usá-la para algo útil são certamente os candidatos a liderar o ranking da radicalização lá na frente. Os problemas das pessoas são concretos, e se elas não encontram a solução num lugar vão buscar no outro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário