O governo precisa cuidar para a resistência dele ao pacote de ajuda a estados e municípios não parecer um “quanto pior, melhor”. O Planalto, segundo essa versão maldosa, quer tirar o oxigênio dos governadores e prefeitos para forçá-los a afrouxar o isolamento horizontal.
Pode não ser o fato, mas na política prevalece a versão. E a situação do governo no Congresso merece cuidados. Se vier uma convergência decisiva entre governadores e Legislativo, algo sempre difícil mas possível, o Planalto pode ficar na situação de ver seus
vetos ao afrouxamento fiscal derrubados pelas duas Casas.
O novo ministro da Saúde entrou em cena com um discurso de equilíbrio e busca de ações baseadas em dados. O desafio: em meio à tempestade, será preciso decidir antes de ter os dados completos que permitam decisões 100% seguras. Outro desafio: ver suas diretrizes seguidas pelos estados.
Em resumo: a chave política está nas relações federativas. Que andam meio desarrumadas.
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