A pandemia da Covid-19 é um míssil no já trôpego equilíbrio dos fluxos econômicos planetários. Cresce dentro de cada país a pressão para reduzir dependências externas. Não é simples resolver. Não vai dar para cada nação ser autossuficiente em tudo.
Projeta-se portanto uma nova rodada de disputas sobre a divisão internacional do trabalho. Que nunca são pacíficas. Do início até a metade do século 20 resultaram em duas guerras mundiais. Não significa que vai se repetir. Mas é bom ficar de olho.
No bottom line, todos estão desconfortáveis por depender de todos. Infelizmente, não é um rearranjo que possa ser acertado na mesa de negociações antes de definir quem serão os vencedores e os perdedores. Ou quais serão as novas esferas de influência.
E isso costuma ser decidido no braço.
No nosso caso, a hegemonia política está no momento com quem propõe uma acomodação na órbita dos Estados Unidos. Considerando que o polo dinâmico da nossa economia é o agronegócio, o pessoal precisa, entre outras coisas, explicar para quem vamos vender nossas supersafras.
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