quinta-feira, 9 de abril de 2020

Redivisão internacional do trabalho

A pandemia da Covid-19 é um míssil no já trôpego equilíbrio dos fluxos econômicos planetários. Cresce dentro de cada país a pressão para reduzir dependências externas. Não é simples resolver. Não vai dar para cada nação ser autossuficiente em tudo.

Projeta-se portanto uma nova rodada de disputas sobre a divisão internacional do trabalho. Que nunca são pacíficas. Do início até a metade do século 20 resultaram em duas guerras mundiais. Não significa que vai se repetir. Mas é bom ficar de olho.

No bottom line, todos estão desconfortáveis por depender de todos. Infelizmente, não é um rearranjo que possa ser acertado na mesa de negociações antes de definir quem serão os vencedores e os perdedores. Ou quais serão as novas esferas de influência.

E isso costuma ser decidido no braço.

No nosso caso, a hegemonia política está no momento com quem propõe uma acomodação na órbita dos Estados Unidos. Considerando que o polo dinâmico da nossa economia é o agronegócio, o pessoal precisa, entre outras coisas, explicar para quem vamos vender nossas supersafras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário