domingo, 19 de abril de 2020

Vamos torcer

O presidente da República está convencido de que o isolamento radical é inútil para conter o SARSCoV-2. E terá efeitos desastrosos para a economia, a troco de nada ou quase nada. Vê nisso séria ameaça a sua reeleição. Sem poder mandar nos governadores, estimula correligionários a sair às ruas para exigir o fim dos diversos graus de quarentena. 

É no Brasil? Sim, mas também nos Estados Unidos. O efeito ali da descoordenação, da subestimação e do conflito político é o país ser recordista mundial, de longe, em casos e mortes. O recorde de casos pode ser lançado na conta da testagem maciça. O de mortes, não. Vai para a contabilidade mesmo do vácuo de liderança. 

Entrementes, a Alemanha deu um show na entrada da crise e arruma-se internamente para dar um show na saída. Também porque os políticos se entenderam.

Resta torcer para que nossos paralelos com os Estados Unidos nesta crise da Covid-19 se limitem à política. Torçamos para ficarmos bem atrás deles nos números. Porque, aparentemente, só resta torcer.

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