quinta-feira, 23 de abril de 2020

Números, números

O número recorde de óbitos despertou uma dúvida sobre se é aumento efetivo dos falecimentos ou efeito retardado de checagem retroativa. De todo modo, conforme a fila de testes dos falecidos for sendo zerada a subnotificação será reduzida.

Não se sabe até quanto. Mas o sabido crescimento das mortes por quadro respiratório sem especificidade carrega uma justa suspeita.

Outro dado relevante que anda meio obscuro é a taxa de ocupação de UTIs nos estados, especialmente nos hospitais públicos. Os índices gerais continuam razoáveis, mas sem saber qual a ocupação por categoria (público, privado) fica difícil diagnosticar se estamos com folga, quanta folga e onde.

O trabalho dos governos vai ser organizar a volta das atividades concomitantemente a números que flutuam, e pelo visto de maneira algo selvagem. Não será trivial.

Ilusão será achar que uma vez deflagrada a volta qualquer governo conseguirá facilmente dar a marcha-a-ré.

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