domingo, 10 de maio de 2020

A soberana

As curvas de mortes confirmadas a cada dia pela Covid-19 sobem. Em São Paulo (depois de um respiro), no Rio de Janeiro e no resto do Brasil. Destaco SP e RJ porque parecem os dois principais epicentros da epidemia.

Tudo leva jeito de uma fase ascendente mais íngreme. E isso depois de quase dois meses de isolamento e afastamento sociais. A pressão agora é pelo fechamento total. O problema? Já faz dois meses que está tudo mais ou menos parado.

O que vai acirrar o conflito político federativo. E ele tem uma causa fácil de decifrar. O sistema de saúde é assunto de governadores e prefeitos. Eles sabem que serão cobrados na urna e na rua pela contabilidade de mortes.

Já o presidente da República sabe que será cobrado na rua e na urna pelos números do desemprego e da tragédia econômica.

Aí você entende por que estados e municípios entabulam uma narrativa para jogar os mortos nas costas da União. E por que esta faz de tudo para explicar que os problemas da economia serão culpa de governadores e prefeitos.

É a política. Sempre soberana.


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