A disputa saúde x economia não é exclusividade brasileira. Mas aqui, como previsto, chegamos a uma situação perigosa. Vamos reabrir a economia com os casos e mortes ainda subindo.
A contabilidade de infectados não é tão crítica, dada a natural subnotificação numa doença em que a esmagadora maioria são assintomáticos ou leves. A de mortes é.
A reabertura quando as mortes estão crescendo parece mesmo um contrassenso, não fosse um detalhe: não há opção para a ampla maioria das firmas, das famílias ou das pessoas. Talvez grandes empresas com o caixa bem abastecido possam queimá-lo por mais tempo. Querer generalizar seria irrealista.
Um mistério: por que depois de mais de dois meses de isolamento social, em maior ou menor grau, nossa curva continua empinada para cima? Uns dirão que é porque não fizemos a coisa direito, e terão sua dose de razão.
Outros poderão argumentar que o achatamento aconteceu, e se reflete no fato de termos retardado a escalada. Tanto que somos um dos últimos a escalar.
A ciência, tão invocada, que explique.
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