Ontem abordei aqui certa característica comum entre Brasil e Estados Unidos no momento atual da disseminação da Covid-19: a interiorização e a “periferização”. O avanço rápido da doença rumo às cidades menores e aos bairros mais pobres.
Hoje a BBCBrasil e o G1 trouxeram dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que confirmam a tendência. O vírus segue sua rota natural de capilarização.
Apenas países em que o Estado tem autoridade real para impedir deslocamentos populacionais e impor lockdowns radicais conseguem bloquear a marcha batida do vírus. Estados Unidos e Brasil são o contraexemplo.
Principalmente o Brasil, em estado de pré-anomia do Estado. Resta saber como vamos lidar com um efeito imediato: o deslocamento maciço de pessoas para os grandes centros em busca de atendimento médico de alta complexidade indisponível nas pequenas localidades.
Um “êxodo rural de novo tipo” (desconte a figura de
retórica) em pleno Brasil do século 21.
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