Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, a ampla maioria dos entrevistados criticam as negociações do governo com os partidos chamados “de centro”, o dito centrão. Um resultado esperado.
Para quem não lembra, ou é muito novo, o bombardeio contra alianças políticas baseadas em distribuição de poder (cargos, verbas orçamentárias para as bases) é objeto de demonização desde o governo José Sarney (1985-1990).
Já virou traço cultural.
Apesar de funcionar assim em todo lugar do mundo, desde que existe a política.
De lá para cá reforçaram esse sentimento os diversos escândalos, e de tempos em tempos o governante acredita na conversa bonita de que poderá governar sem base parlamentar.
Quando tem sorte, o iludido governante cai na real e consegue alterar o curso ainda em tempo de salvar-se. Quando não, derrubam-no. O que nunca aconteceu? Os detratores da negociação política explicarem como faz para governar sem maioria parlamentar.
Aliás, é comum os que exigem do governante virar as costas ao Parlamento serem os primeiros a querer derrubá-lo aproveitando ele não ter apoio no Legislativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário