No mundo ideal funcionaria assim. Alguém calcularia a capacidade (estoque e fluxo) do sistema hospitalar, região por região. Junto calcular-se-ia o tempo necessário de isolamento social, e portanto o grau de achatamento da curva, para a epidemia caber no primeiro cálculo.
Também junto far-se-iam as contas de quanto tudo custaria, e o mix seria cotejado com a capacidade fiscal do Estado, lato sensu.
Para concluir a resultante ótima entre as diversas variáveis.
No mundo real funciona assim. Nos países de sistema político mais centralizado impõe-se o lockdown até a curva despencar. Nos demais a coisa vai meio na galega mesmo, e a resultante é bem mais fruto da luta política e do experimentalismo que de quaisquer critérios científicos.
E a curva desce mais devagar.
E cada político tem seus próprios argumentos “científicos” para justificar decisões puramente políticas e baseadas em grupos focais.
E a vida segue. A boa notícia é que cidades da Lombardia já registram 60% de imunizados pelo contato com o SARS-CoV-2. A partir daí, parece, o vírus tem muitíssimo mais dificuldade para encontrar novos infectáveis.
Que é o que interessa.
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